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domingo, 16 de junho de 2013

GUARAPARI - ESPÍRITO SANTO



 
 
 
Guarapari é um município do estado do Espírito Santo, no Brasil. Sua população em 2010 era de 105 286 habitantes. A sua distância até Vitória é 51 km; até o Rio de Janeiro, 474 km e até Belo Horizonte, 516 km.
 

História

Por volta do ano 1000, os índios que ocupavam o litoral sul do atual estado do Espírito Santo foram expulsos para o interior do continente devido à invasão de povos tupis procedentes da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros exploradores europeus à região, a mesma era habitada por um desses povos tupis: os temiminós.
Em 1585, o padre jesuíta José de Anchieta fundou uma missão jesuíta para catequizar os índios da região: a aldeia do Rio Verde ou aldeia de Santa Maria de Guaraparim. A aldeia possuía um convento e uma igreja dedicada a santa Ana. Para a sua inauguração, Anchieta compôs o Auto Tupi. Em 1677, foi construída a igreja de Nossa Senhora da Conceição. Em 1679, a aldeia de Guaraparim foi elevada à categoria de vila. Em 1835, foi criada a comarca de Guarapari. Em 1860, a comarca recebeu uma visita do imperador brasileiro dom Pedro II. Em 1878, passou à condição de município. Em 1891, adquiriu o status de cidade.
No final do século XIX, colonos europeus (italianos, em sua maioria, que aportaram no Rio Benevente) se instalaram no interior do município, fundando as localidades de Todos os Santos e Rio Calçado, entre outras. A principal atividade econômica dessas famílias era o café, além do plantio que faziam para a própria subsistência. Em 1948, teve instalada a sua câmara.. Em meados dos anos 1960/1970, Guarapari tornou-se nacionalmente famosa em decorrência das propriedades medicinais de suas areias monazíticas. Por este motivo, houve uma onda turística crescente em torno da cidade.



A exploração das areias monazíticas, os efeitos da radioatividade produzido na saúde e a divulgação de estudos de pesquisa tiveram grande repercussão, projetando Guarapari nacionalmente e internacionalmente com a fama de “Cidade Saúde”.

O termo monazita provém do grego monazein- “estar solitário”, o que indica a sua raridade. As areias monazíticas, que foram descobertas em Guarapari no ano de 1898, passaram a ser exploradas pela Mibra, em 1.906, a 'SOCIÉTE MINIÉRE ET INDUSTRIELLE FRANCO-BRASILIENSE' instalou em Guarapari a usina 'MIBRA - Monazita Ilmenita do Brasil' que instalou uma usina para fazer beneficiamento das areias monazíticas, exportando o produto para ser tratado na França. A Mibra era administrada por Boris Davidovitch, cidadão russo naturalizado americano.

Na Mibra as areias eram separadas por lavagens e posteriormente por eletroímãs em ordem decrescente:

ILMENITA - De cor preta, é constituída de titânio, ferro magnético e outros metais.

GRANADA - De cor vermelha, é encontrada em abundância em Guarapari, mas somente em pequenos cristais, o que a torna inaproveitável para a fabricação de jóias. Contém, em proporções variáveis, o alumínio, o ferro, o cobre, o cálcio, o magnésio, o manganês e outros metais.

MONAZÍTICA - De cor amarela, é um fosfato. Contém tório de onde se extrai o hélio e outros elementos usados na desintegração atômica. As areias monazíticas foram inicialmente usadas pelo seu teor de tório cuja aplicação principal foi nas camisas incandescentes.

MONAZITA - De onde se obtém o cloreto, o óxido e o fluoreto, sais como o cério e o fosfato trissódico, usados em indústrias de grande sofisticação tecnológica. O Óxido de Neodímio, por exemplo, tem aplicação no raio laser e na fabricação de TV a cores. O Óxido de Cério é utilizado na fabricação de lentes fotográficas e na indústria ótica corretiva. O Óxido de Lantânio é usado em ótica de alta precisão e em ligas especiais. O Óxido de terras raras é empregado no polimento de vidros óticos e vidros de televisão, fabricação de carvões para o arco voltaicos ferro liga. O Carbonato de terras raras é usado na composição de vidros óticos. O Fluoreto de terras raras é usado na metalurgia na obtenção de aços e ligas especiais. O teor de areia monazítica das praias é variado, indo de sua ausência à percentagem de 60% ou até mais. Quando presente, elas se concentram em manchas de aspecto característico, variável de extensão e profundidade, como é fácil observar principalmente na praia da Areia Preta, onde as ondas do mar deixam a sua paisagem marcada por pequenas linhas amarelas, característica da monazítica. A Zirconita, de cor cinza, não sofre atração magnética. Tem uma extensiva e diversificada gama de aplicações, sendo utilizada na indústria ótica e de vidro, na indústria química e metalúrgica, esmalte porcelanizado, louças de primeira qualidade, cerâmica sanitárias, etc. Contém 'mesotônio 1' e é encontrado nas áreas monazíticas. Tem emprego terapêutico devido à penetração de seus raios de gama. O termo monazita provém do grego - monazein, que quer dizer 'estar solitário', o que indica sua raridade.

A Mibra explorou as areias de Guarapari até os anos 60 quando o Governo começou a taxar realmente a sua exploração e exportação. Os proprietários da MIBRA simplesmente abandonaram tudo e foram embora, pois se deram como satisfeitos pela grande exploração feita até então.

Após o abandono da MIBRA, a 'NUCLEMON - Nuclebrás de Monazita e Associação Ltda', subsidiária da NUCLEBRÁS, passou a explorar as areias de Guarapari, mas o prefeito Graciano Espíndula (1.983/1.988) proibiu a extração das areias nas praias da cidade quando era o prefeito.

Estas areias são indicadas para os casos de reumatismo articular e muscular, de artrite deformante e de diferentes etiologias, de nevralgias, mialgias e enfermidades muscular, alergias, sistema nervoso, gota, anemia, nervosismo de insônia, inapetência e perturbação digestiva.

O fato de estar em Guarapari, já constitui um extraordinário elemento de tratamento, uma vez que a radioatividade atua no solo e na atmosfera, tanto dentro quanto fora das casas e dos hotéis, tanto nas praias quanto fora delas.

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