Ayrton Senna foi um dos pilotos de F1 mais ousados da história. Descubra mais sobre essa lenda brasileira.
Ayrton Senna da Silva foi o orgulho dos brasileiros na Fórmula 1, três vezes campeão mundial, nos anos de 1988, 1990 e 1991. É um dos grandes nomes do esporte nacional e um dos maiores pilotos de todos os tempos. Detém o recorde de voltas rápidas, além da marca de 65 pole positions e 41 vitórias em 161 corridas. A sua grande habilidade ao dirigir em pista molhada lhe rendeu um lugar de honra na história do automobilismo e muitas comparações com o legendário piloto argentino Juan Manuel Fangio.
Senna ganhou seu primeiro kart aos 3 anos, e aos 13 começou a competir oficialmente nas corridas de kart. Em 1981 já participava de provas na Europa, e em 1983 foi campeão da Fórmula 3 britânica. Em 1984 fez sua estreia na Fórmula 1 com um carro da equipe Toleman. Passou para a Lotus em 1985 e, mesmo com uma máquina inferior, conseguiu mostrar sua habilidade com a estratégia de não trocar os pneus. A iniciativa exigia muito de si e do carro, e muitas vezes o brasileiro era obrigado a deixar a pista devido aos problemas mecânicos. Mesmo assim, ganhou seis corridas durante três temporadas.
Em 1986 Senna tornou-se definitivamente um ídolo no Brasil ao conquistar sua segunda vitória na temporada no Grande Prêmio dos Estados Unidos. Em 1988 juntou-se ao francês Alain Prost na McLaren. A intensa competição entre eles provocou um alto número de acidentes. A dupla venceu 15 das 16 corridas disputadas na temporada, e Senna conquistou seu primeiro título mundial.
Com seu insaciável desejo de vencer, o brasileiro cruzou várias vezes a linha de chegada, mesmo que para isso fosse necessário assumir muitos riscos. Na última prova de 1990, no GP do Japão, Senna liderava o campeonato e não deixou que o rival Alain Prost o ultrapassasse na primeira curva da corrida. Os carros dos dois se tocaram e rodaram para a caixa de brita. A saída de Prost garantiu o segundo campeonato mundial a Ayrton Senna. O terceiro título veio um ano depois, também na prova do Japão. A competitividade do brasileiro frequentemente o fazia superar limites. Ele nunca se contentava em ser o segundo melhor.
Em 1993 Senna demorou muito a decidir o que fazer e chegou ao início da temporada sem ser contratado por nenhuma equipe. Ele sentia que os carros da McLaren não seriam competitivos. Mas o brasileiro não poderia ir para a forte Williams-Renault enquanto Prost estivesse por lá, pois em seu contrato o piloto francês proibia a entrada de Senna na mesma escuderia. Com alguns aprimoramentos nos carros da McLaren, Senna foi convencido a ficar na antiga equipe.
Depois de terminar em segundo na corrida de abertura da temporada na África do Sul, Senna ganhou os GPs do Brasil e da Europa, na chuva. Esta última é lembrada como uma de suas maiores vitórias. Largou em quarto lugar e caiu para quinto, mas antes de terminar a volta inicial já estava nas primeiras posições. Senna quebrou o recorde de seis vitórias em Mônaco. Chegou a liderar o campeonato à frente da Williams-Renault de Prost e da Benetton de Michael Schumacher, apesar da inferioridade do motor da McLaren.
Senna concluiu a história na McLaren com cinco vitórias na temporada (Brasil, Europa, Mônaco, Japão e Austrália), ficando na segunda colocação na classificação geral.
Em 1994 Senna finalmente entrou para a Williams. Prost se retirou da equipe, pois não aceitou ter seu principal rival como companheiro. O brasileiro teve nesta temporada como maior adversário o alemão Schumacher, da Benetton. Senna conseguiu bons resultados na Williams, mas participou de constantes acidentes. Viu outros tantos acontecerem e lutou por um melhor sistema de segurança nas pistas.
No mesmo ano, no GP de San Marino, disputado no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, Senna teve o fim de uma carreira de sucesso e de uma vida gloriosa. Na curva Tamburello, ele perdeu o controle do carro, chocando-se violentamente contra um muro de concreto. Nada pôde ser feito. Ayrton Senna, grande ídolo do Brasil, morre num acidente trágico.
A morte do piloto foi considerada pelos brasileiros como uma tragédia nacional, e o governo declarou três dias de luto oficial. Mais de um milhão de pessoas foram às ruas para ver o ídolo e render-lhe as últimas homenagens. Milhões acompanharam pela televisão toda a trajetória do corpo até o seu sepultamento em São Paulo.
Mais do que inúmeras vitórias para o Brasil, Senna contribuiu para reformas na segurança da Fórmula 1. Sua família fundou o Instituo Ayrton Senna, para realizar projetos em benefício de crianças carentes, desejo que o piloto já declarava em vida.
Em 1995 a Prefeitura de São Paulo fez uma escultura na entrada do Túnel Ayrton Senna para homenageá-lo. O monumento foi chamando de “Velocidade, Alma e Emoção”. Junto com a obra estava a bandeira do Brasil, marca registrada do piloto, que a cada vitória hasteava uma bandeira dentro de seu carro.
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